
O pedido foi iniciado pelo senador Pedro Simon, colega de partido de Sarney, que logo foi acompanhado pelos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e José Nery (PSOL-PA).
"Eu digo com a maior tristeza, com a maior mágoa. Nessa altura, não adianta o presidente Sarney se licenciar. Ele tem que renunciar à presidência do Senado. Ele tem que fazer o que os seus antecessores fizeram. E nós devemos nos reunir para escolher alguém que seja a representação de todos nós. Não adianta suspender os atos, não adianta indicar nada. Nós perdemos toda a credibilidade", disse Simon.
Também nesta terça, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio (AM), encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar uma nova denúncia contra Sarney. Segundo o tucano, o presidente da Casa mentiu ao negar envolvimento direto com a Fundação Sarney. Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que a fundação recebeu 1,3 milhão de reais da Petrobras a título de patrocínio cultural – para um projeto que nunca saiu do papel -, além de ter desviado 500.000 reais da verba.
O PSOL também encaminhou representação contra Sarney e o líder do PMDB e ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), para que sejam investigados os 663 atos secretos baixados ao longo dos últimos 14 anos, que beneficiaram correligionários e parentes dos dois senadores.