31 de maio de 2009
MORRE PADRE GASTONE TAZZOLI
30 de maio de 2009
Renuncia no Paraná deputado acusado de dirigir alcoolizado e matar dois

A renúncia também evita o risco de que o deputado tenha o mandato cassado e fique inelegível por oito anos. No último dia 18, a Corregedoria-geral da Assembleia paraense abriu uma sindicância para investigar o caso.Desde o último dia 10, o deputado está internado no hospital Albert Einsten, em São Paulo. Carli Filho foi o único sobrevivente da colisão com outro veículo onde estavam Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, que morreram no local.
Exame do Instituto Médico Legal de Curitiba apontou que o deputado estava alcoolizado no momento do acidente.
Ele já havia ultrapassado a quantidade de pontos da carteira de habilitação por causa de multas por excesso de velocidade. Foram 30 multas desde 2003, sendo 22 após ter assumido o mandato parlamentar. As infrações somam 130 pontos. Carli Filho não podia dirigir desde julho do ano passado.
O acidente aconteceu no dia 7 de maio, quase 1h da manhã, em um cruzamento de Curitiba. Câmeras de um posto de combustível que fica na esquina onde ocorreu a colisão registraram as últimas imagens do carro onde estavam os dois rapazes que morreram. Nas imagens, o carro das vítimas passa em frente ao posto e freia ao se aproximar do cruzamento. Quando avança, é atingido pelo carro do deputado que vinha na outra rua.
"Sem privilégios"
No ofício entregue à Presidência da Assembleia por seu advogado, Roberto Brzezinski, Carli Filho diz que se envolveu no acidente “sem vontade direta ou indireta” e que transmite a todos os familiares e amigos dos dois rapazes “o meu sentimento de solidariedade espiritual”.
Ele afirma ainda que aguardará o processo e julgamento “sem prerrogativas funcionais ou privilégios de qualquer ordem para receber, como cidadão comum, a sentença que as circunstâncias do fato e a sensibilidade da Justiça determinarem”.
A assessoria da Assembleia Legislativa do Paraná informou que quem assume no lugar de Carli Filho é o segundo suplente, Wilson Quinteiro (PSB). O primeiro suplente, Mário Roque, não poderá assumir porque mudou de partido, saiu do PSB para o PMDB.
Na segunda-feira (1º), o presidente da Assembléia legislativa, Nelson Justus (DEM), lerá o pedido de renúncia na sessão e convocará o suplente para assumir o cargo.
"Ainda não entendo por que fui escolhido para ser Papa", diz Bento XVI

Bento XVI afirmou nesse sábado (3) que "nunca" na vida pensou que seria papa e que até hoje não sabe por que foi escolhido para essta missão.
"Ainda não consigo entender por que o Senhor me escolheu para este Ministério. Mas aceitei-o, mesmo sendo algo surpreendente, que ia além das minhas forças. E o Senhor me ajuda", disse.
O Papa, que visitou a Missão Pontifícia da Infância nesse sábado, fez estas declarações quando uma criança perguntou se ele pensava em virar Pontífice quando era pequeno.
Bento XVI respondeu que foi "um menino bastante ingênuo num pequeno povoado (...) longe das grandes cidades" e contou como foi sua infância ao lado do irmão mais velho, Georg, hoje com 84 anos.
"Havia algumas pessoas ricas e outras, menos. Nós tínhamos chegado com nossos pais (a Traunstein, na Baviera) há pouco tempo. Mas as outras crianças nos acolheram bem", lembrou o papa.
O Bispo de Roma também admitiu que uma ou outra vez discutiu com outros meninos. A este respeito, declarou que o "importante é fazer as pazes depois sem deixar amargura na alma".
"Com nossos companheiros, percorremos nosso caminho. Todos éramos católicos e isto foi uma grande ajuda. Aprendemos juntos o catecismo e nos preparamos para receber a primeira comunhão, que foi um dia esplêndido", acrescentou.
O Papa aproveitou o encontro e pediu a todos os jovens presentes, vindos da Itália e de outros países, que "escutem, rezem, conheçam e compartilhem a solidariedade".
Fonte: Portal G1 da Globo.com
28 de maio de 2009
ACOMPANHE A ENTREVISTA DE JORGE MORENO AO JORNALISTA PAULO HENRIQUE AMORIM.

JM – Vamos recorrer …ainda em fase administrativa. Vamos recorrer da decisão do Tribunal de Justiça ao Conselho Nacional de Justiça. Caso nos seja desfavorável, nós temos um recurso para o Supremo Tribunal Federal. O CNJ vai analisar isso com mais isenção, sem esse ânimo de disputa.
PHA – Mas o senhor sabe que o CNJ é presidido e controlado politicamente pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que por sua vez é ligado ao presidente do Senado, José Sarney. O senhor sabe disso?
JM – Sei, claro. O que eu estava querendo era ser condenado aqui no Maranhão para entrar com um recurso para ser analisado em outra instância. Se for necessário, nós vamos até instâncias internacionais. Na verdade o que se está discutindo é o destino de uma atividade de estado. É uma concepção de Judiciário que está em disputa. É um Judiciário conservador, arcaico, elitista, fechado às demandas populares e um outro Judiciário, que tem relação com os movimentos sociais, que busca sua legitimidade. É exatamente o que está ocorrendo hoje. A sociedade brasileira está vivendo uma encruzilhada. Para onde poderá caminhar? Caminhar para uma sociedade fechada, que é o que está sinalizando, ou se vai consolidar aquilo que foi a promessa de nossa Carta de 1988.
O Magistrado Dr. Jorge Moreno, irá denunciar Sarney ao conselho Nacional de Justiça-CNJ.

A punição foi o desfecho de um processo administrativo-disciplinar, instaurado em dezembro de 2005, com base em denúncia de que o magistrado teria exercido atividade político-partidária.O processo foi instaurado a partir de denúncia formulada pelo deputado estadual Max Barros (DEM), atual secretário de Infra-Estrutura do Estado.
“Acabo de ser vítima de uma perseguição do esquema de poder do grupo Sarney, através do Tribunal de Justiça, contra mim”, afirmou o juiz. A representação contra ele foi feita com base em atividades relacionadas à campanha de erradicação do subregistro de nascimento e à execução do Programa Luz Para Todos.
Afastado de suas funções desde janeiro de 2006, o juiz Jorge Moreno foi quem primeiro fez a denúncia de que, na época, o programa Luz para Todos, do governo Lula, era manipulado politicamente pelo grupo Sarney no Maranhão. Ele declarou que, em razão desta denúncia, passou a enfrentar retaliações no Tribunal de Justiça do Estado. “Sou perseguido por Sarney e seus aliados no Tribunal”, afirmou Moreno, que era o juiz titular da Comarca de Santa Quitéria, até o dia 11 de janeiro de 2006, quando foi afastado por conta da representação formulada pelo deputado Max Barros.
Na época, o parlamentar investiu contra o juiz, dizendo que ele, em razão de denúncias feitas à imprensa, estaria exercendo atividade político-partidária. Segundo Jorge Moreno, a partir da posse de Silas Rondeau no Ministério de Minas e Energia, o programa Luz para Todos passou a ter uma forte manipulação política no Maranhão. De acordo com o juiz, parlamentares ligados ao senador José Sarney – entre eles Max Barros - passaram a exercer influência sobre o programa no que diz respeito à indicação das comunidades que deveriam ser contempladas, num esquema que chegou a ser desvendado em razão das investigações da Operação Navalha. Na manhã de ontem, Jorge Moreno concedeu esta entrevista ao JP:
Jornal Pequeno - O senhor está convencido de que esta punição é fruto da perseguição do grupo Sarney?Jorge Moreno - Está mais do que claro. A representação foi formulada por um deputado do grupo, Max Barros, com uma tramitação célere, passando por cima de todos os procedimentos legais até o meu afastamento e depois foi esquecida. É do conhecimento geral, até repercutiu na Revista CartaCapital, do dia 16 de fevereiro de 2009, que a desembargadora Nelma Sarney estava se empenhando pessoalmente para a condenação. Coincidência ou não, visita de cortesia ou a garantia do resultado, o certo é que o deputado Max Barros, no dia da sessão do dia 18 de fevereiro, foi visto por mim e por outra pessoa, representante de entidade estadual, que estava como observador, saindo do gabinete da senhora Nelma Sarney, minutos antes de começar a sessão.
JP – O que explica o fato de o senhor ter sido vítima dessa perseguição?JM – Com certeza, foi o fato de termos desmontado um dos procedimentos oligárquicos no Maranhão, pois essas elites se estabelecem tendo como uma das bases a interferência nas relações locais, na intermediação da demanda da população, na apropriação dos cargos e do serviço público, no estabelecimento de regras para facilitar o seu acesso ao Estado. Quando resolvemos criar a campanha de erradicação do subregistro de nascimento, não imaginava que estava me envolvendo num vespeiro, um procedimento criado para manter na dependência o povo. Conseguimos quebrar, então, a lógica que mantinha na dependência o povo do cabo eleitoral, este do político local, este por sua vez do político estadual e assim sucessivamente. Conseguimos garantir o direito de acesso direto ao serviço público. Isso despertou a ira, a revolta, mas ficou silenciosa por conta da visibilidade da campanha, das manifestações positivas da população e da premiação que recebeu.
JP – O trabalho para a execução correta do Programa Luz Para Todos também lhe causou problemas?JM – Sim, porque quando o caso envolveu a energia elétrica, base das promessas eleitorais no Maranhão, estado com o maior déficit de residência e escolas sem energia elétrica, aí disseram: assim já é demais! Estão tirando a nossa função! Agora a gente pega ele! O que fizemos, o Poder Judiciário e o Ministério Público, foi algo que se tornou referência no Brasil. Demos andamento numa ação civil pública, que dera entrada antes da minha chegada à comarca, e foi celebrado um acordo entre o Ministério Público e a Cemar, em que esta se comprometia a construir uma sub-estação de energia e a priorizar as comunidades de santa Quitéria no Programa Luz Para Todos (PLPT). Como o Governo Federal tinha interesse em ver o programa chegar ao máximo de domicílios, a Coordenação Estadual e o Comitê Gestor aceitaram todas as solicitações oriundas diretamente das comunidades.
Além do que eu e a Promotora de Justiça nos comprometemos a fiscalizar a execução do programa. Isso não só impulsionou a campanha de erradicação do sub-registro, já que o lema era “registro é o direito de ter direitos”, como sensibilizou o Coordenador Nacional do PLTP, que veio a Santa Quitéria inaugurar a obra no povoado lagoa seca e lá prometeu que santa Quitéria seria o primeiro município brasileiro a ter todos os domicílios com energia elétrica. Isso foi demais para os “representantes do povo”. O que não fizeram durante décadas, para manter o povo na miséria e ignorância, conseguimos, de forma articulada e republicana, fazer. O processo administrativo teve a única finalidade de fazer barrar essa conquista e com a ajuda do tribunal conseguiu. Ponto para o grupo Sarney, que manda no setor de elétrico no Brasil: o povo de santa Quitéria ficou na escuridão.
JP - O que o senhor irá mesmo formular a denúncia ao CNJ?JM - Iremos recorrer da decisão ao Conselho Nacional de Justiça, pois existem várias nulidades presente no processo. Já assimilamos o golpe, estamos numa luta. Na verdade a nossa luta era para o processo ser desengavetado, ser julgado, nem que a decisão fosse contrária, como foi, pois o mais importante era ter uma decisão para poder recorrer. Sempre disse que estava lutando para ser condenado. Agora vamos esperar a publicação do acórdão, ter acesso aos autos e formular o nosso recurso. Espero que no CNJ o caso seja apreciado com isenção.
Essa luta extrapolou os limites de uma causa pessoal, isso diz respeito a uma concepção de justiça e de relacionamento com a sociedade, a forma como se encara a democracia e a república. O poder judiciário carece de legitimidade e isso tem que ser encarado como um fato, visto não como algo ruim, como a corporação geralmente vê, mas como algo que deve ser discutido com a sociedade. Agora algo disso tudo me deixa muito satisfeito: o fato do tribunal e da corregedoria terem feito acordo com a Famem (Federação dos Municípios do Maranhão) para a erradicação do sub-registro.
Apesar de crer que isso não irá ocorrer, por conta da compreensão equivocada da campanha, espero que tudo dê certo e vou torcer por isso, porque o que importa são os maranhenses excluídos do direito de serem vistos legalmente como pessoa. Já pensou o tribunal e a corregedoria sendo premiados com o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, categoria Santa Quitéria do Maranhão. Como será que se sentirão? Para mim será um momento importante ver esse fato acontecer.
11 de maio de 2009
EM SÃO MATEUS: PREFEITO CASSADO PAGA TRATAMENTO DENTARIO DE SUA ESPOSA E SALARIO DE VAQUEIRO PARTICULAR COM RECURSOS DO FPM!
O vaqueiro, ao ser demitido da fazenda de Rovélio, ainda deu entrada em uma ação trabalhista na Vara de Bacabal reclamando direitos decorrentes do vínculo de emprego na fazenda do prefeito. O promotor Clodomir Lima Neto recebeu a representação e é provável que abra inquérito civil público para apurar as denúncias.

Orçamento do dentista Ivaldo Araújo para tratamento dentário.
São três os fatos descritos na representação dos comerciantes Cássio Boueres Ferreira, Antônio Pereira e Tarcísio de Paula. O mais grave e intrigante na denúncia é o tratamento dentário da esposa do prefeito Rovélio, no valor de 34.700,00 (trinta e quatro mil e setecentos reais), conforme minucioso relatório e etapas do tratamento definidos pelo dentista Ivaldo Araújo e enviados à Prefeitura de São Mateus.
A fatura apresentada ao erário municipal para pagamento e entregue ao promotor Clodomir Lima Neto será igualmente investigada no procedimento judicial a ser aberto. O relatório do dentista informa que os dentes da esposa do prefeito devem ser repostos por dentes de 'porcelana'.
O terceiro item da representação trata da não apresentação das contas anuais do exercício de 2008 pelo prefeito Rovélio, apresentadas ao TCE no mês passado e não entregues na Câmara Municipal para apreciação popular, como determinam a Constituição Federal e a instrução normativa de nº 9 do Tribunal de Contas do Estado. Uma certidão fornecida pelo secretário da Câmara, vereador Antonio Bernardino Chaves, informa que o prefeito não cumpriu a determinação legal de enviar as contas anuais ao legislativo municipal.
Segundo um dos denunciantes, Antônio Pereira, mais conhecido como Antônio Brilhoso, "o caso está escandalizando a população de São Mateus, em especial a substituição dos dentes da esposa do prefeito, Dona Zezé, por dentes de porcelana. A advogada Arêta Carneiro Paula, que assina a representação, disse que pagamento do vaqueiro com cheque do Fundo de Participação do Município é "um fato lamentável, um flagrante de improbidade administrativa".
O prefeito Rovélio foi cassado no mês passado pelo juiz Mário Márcio Almeida Sousa por suposta compra de votos, e se mantém no cargo por força de decisão liminar. O processo está em grau de recurso no Tribunal Regional Eleitoral. O promotor Clodomir Lima Neto e o prefeito Francisco Rovélio não foram localizados pela reportagem.